Nada se compara à uma solidão entre muitos.
É maior que a vontade de voltar a ter a vontade de criar versos e prosas com o pensamento em alguém ou em um sentimento que a caminhada desgastou e corroeu.
Por qual motivo eu andei pensando que poderia voltar a pensar em desfrutar da magnitude de enfunar velas recheadas de rimas, de cores e de sentimentos. Ledo engano, voltar a realidade de não ter a translucidez de um mero ser que vive entre outros, sem que em nenhum momento o que o sentimento seja um farol de luz que possa fazer brilhar um olhar. Não é fácil ser um só entre muitos.
Há que se louvar de estabelecer regiões onde você possa estar com você e se sentir feliz.
A realidade de que fala nem sempre é a de quem escuta, por isso são inócuos olhares, jeitos e afagos. Na realidade, quem te vê e não te sente, vai tirando o brilho do seu diamante, fazendo com que os raios de luz não mais se decomponham ao atravessa-lo.
Por o pé no chão é remédio amargo, Tão bom flutuar nos ares do sentimento que a gente nem se dá conta que não é hora de voltar a sofrer por conta de tantas rejeições.
Seria tão bom se o sentimento voltasse a sentir. O gosto doce voltasse à boca. O alucinante prazer de dar asas ao amor fosse por si só salutar e o bastante para tirar-nos da solidão. Por mais que sejamos um ser a mais, que sejamos informalmente queridos, depois de algum tempo não mais despertamos interesse. Deixamos de ser importantes, deixamos de ser especiais. E assim, quando não somos mais especiais, qualquer um é igual e muitos são iguais e muitos são só. Somente os "Sós" sabem que o é ser só...